O Arthur passou esse ano a fazer judô numa academia de judô. Antes eram aulas na própria escola. Eu senti uma diferença gritante entre a “brincadeira de judô” de antes, e as aulas de judô de agora.
Daí no sábado teve mudança de faixa. O professor já tinha alertado, e a minha irmã já tinha dito, que, nessa academia, só ganhava a faixa quem realmente merecesse. E eu comecei a ficar apreensiva se o Tutu ia ou não ganhar – merecer – a faixa azul. Ele nas aulas estava se esforçando, mas eu sentia que ele podia avançar bem mais.
Pois bem, no sábado ele teve uma luta bem pesada com outro amigo da academia, um ano mais novo, menor, mas danado que só, que sempre ganhava dele nas aulas. Mas nas últimas semanas, o Arthur vinha derrubando o amigo. No sábado, eles lutaram muito, eu sem entender muita coisa, só falava bem baixinho, comigo mesma: vai, não deixa ele te derrubar, derruba. Vi meu coração ficar apertado e nervoso, logo eu, que nunca competi nada na infância por falta de competitividade. Mas com filho é diferente, eu acho. E o Arthur lutou de igual pra igual e acabou ganhando. Eu não vi, mas o orgulho e a felicidade deviam estar transbordando pelo meu rosto.
No final, ele ganhou a sonhada faixa azul, recebeu uma medalha de prata (ele perdeu a outra luta) e provocou invejinha no Léo, que desistiu do judô (apesar de ter talento demais). Léo, quando viu o Arthur no pódio, só chorava dizendo que também queria medalha…
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