Há mais de dez anos, éramos um grupo de cocotinhas a patinar todos os sábados e domingos no Parque da Cidade. Começamos como um grupo de jacas, vivíamos no chão, rindo muito e gritando pra galera sair da nossa frente porque freio só foi existir quando, muito tempo depois, tomamos vergonha na cara e compramos patins decentes. Depois até que aprendemos e já descíamos as ladeiras sem medo.
O tempo passou, todo mundo casou (algumas já descasaram), a maioria virou mamãe e a correria da vida fez os nossos patins ficarem acumulando poeira perdidos em algum lugar (os meus tavam no armário da garagem). Mas eles estavam lá, só esperando.
Então, domingo passado, a bendita Lu Brega nos chamou para patinar. Tudo bem, não mais no parque da cidade, com suas ladeiras e obstáculos, mas no Eixão Sul, uma reta, sem subidas cansativas nem decidas alucinadas. Fomos lá, as patinadoras eu, Pat, Lê, Jaque, Lu Brega, Lu e a Lelê de bike só para levar alguém pra emergência, no caso de precisar.
Rimos demais, eu pensei que tinha esquecido como é que andava, mas descobri que patins é igual bicicleta, a gente nunca esquece. E lá fomos lá as agora balzacas e mães de família patinadoras desbravar o Eixão. Tudo bem, nesse primeiro dia de retorno, a velocidade não foi assimmm uma brastemp, mas na próxima a gente deixa o medo de lado e começa a correr.
E claro que tinha que ter o momento jaca, porque senão ficava sem graça. A Pat ia ao meu lado, comentando que a gente estava andando muito devagar, coisa e tal, quando, do nada, ela começa a desequilibrar e….. cai e me leva pro chão também. Mui amiga… Taí a foto que não me deixa mentir.
Arthur filosofando
"Mamãe, quando eu fico muito triste, meu coração fica velho. Quando eu fico feliz, ele volta a ficar novinho" – disse o Arthur hoje, aos seis anos, o meu amado filósofo. Fiquei com os olhos marejados.
2 comentários:
Que máximo!!! O menino tem talento. Adorei o raciocínio dele.
Ái, Dri, que fofo! Me emocionei com a frase dele!
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